"... Acontece quando alguém se reconhece noutro, até ao ponto de perder a certeza da sua indentidade. Até já não saber se tem uma identidade. Acontece por tudo e por nada. Em tudo e no nada. Num movimento de olhos ou no gesto suspenso de uma mão. Num beijo terno, em muitos beijos imaginários. Numa palavra que se diz, em palavras que se pressentem."
João Lopes, in Uma pele contra outra pele, Diário de Notícias de 11/12/2004.
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