terça-feira, novembro 25, 2014

qual o tamanho de um coração

e quantas vezes se pode reprogramar a memória?

pergunto-me muitas vezes.

Sou cientista e tenho muito presente a noção de quão maravilhoso é o corpo humano. Como consegue combater ataques de bactérias de forma coordenada utilizando diferentes tipos de células. Como consegue manter a mesma temperatura corporal em ambientes com temperaturas tão diferentes, que se alteram constantemente. Como consegue gerar vida de dentro de si. e apesar disso pergunto-me muitas vezes... quantas desilusões pode um coração aguentar e como conseguimos voltar a acreditar de todas as vezes que nos voltamos a apaixonar. 

pergunto-me muitas vezes. 

quinta-feira, novembro 13, 2014

quarta-feira, setembro 03, 2014

a velha história

Eu gosto tanto de escrever. Mas porque é que não escrevo mais? Primeiro pensei que fosse de não ter tempo. É verdade, andei tão embrenhada no e-motions photography que me sobrava muito pouco tempo e disponibilidade mental para escrever. Eu respirava fotografia e tudo que envolvia fazer crescer um plano B num futuro a fotografar pessoas. Depois percebi que de tão envolvida, pouco tempo me sobrava para pensar na vida, para pensar em mim e naquelas coisas em que não gostamos de pensar. Trabalhei em automático, no já devia estar pronto para ontem. A minha cabeça não paráva de pensar em fotografia...e dei por mim a querer parar um bocadinho e a minha mente sem querer continuar a pensar em fotografia. Até enquanto tentava encontrar um lugar para estacionar, encontrava a minha mente a analisar a rua... esta rua é fotografável e esta porta maravilhosa para fazer fotos. Queimei (burn out como se diz neste mundo)... pelos vistos é comum acontecer.
Obriguei-me a parar, para ganhar balanço e dei por mim novamente a pensar na vida, em mim. Voltei a ver séries e a ler livros e voltei a analisar... desta vez a vida para além da fotografia. E apeteceu-me voltar a escrever.
Foram 6 meses de lufa, lufa e agora é tempo de encontrar um equilíbrio e um rumo... e escrever sobre isso faz-me bem ;)

que seja para durar ;)

quinta-feira, fevereiro 06, 2014

cientista na cozinha #2 - uma espécie de tagine de abóbora e carne de vaca

E o ingrediente era abóbora e carne de vaca para jardineira. Lembrei-me imediatamente da carne de panela com abóbora que comi no Rio de Janeiro, no bairro de Santa Teresinha, com a minha amiga Aline. Ainda tentei reproduzir, mas como carne de panela é feita em panela de pressão (que lhe dá um gostinho especial) e eu não me dou muito bem com a pressão optei por fazer na caçarola... e algumas especiarias mais tarde... saiu-me um outro continente e uma espécie de tagine.



Numa panela/caçarola, aquecer 2 colheres de sopa de azeite e selar a carne (500 gr de carne para jardineira). Quando estiver selada de todos os lados reservar. No mesma panela refogar a cebola (1 grande cortada em meias luas) e 2 alhos picadinhos. Quando a cebola estiver macia, caramelizar (borrifar com vinagre e 1 colher de açúcar). Juntar a abóbora, 1 lata de tomate pelado (incluindo o suco), 1 lata de grão de bico, a carne reservada e as especiarias (açafrão, cominhos, pimenta, pimentão doce, gengibre em pó, 1 pau de canela e um raminho de alecrim) e deixar a cozinhar durante 30-40 minutos tapado. Acompanhe com cuscus de passas.

Receita testada e aprovada por mais uns quantos cientistas... bom apetite ;)

quarta-feira, janeiro 29, 2014

descobri a pólvora

Ontem, em mais uma noite de invenção na cozinha, inventei tanto que fiz... feijoada!

comida e resoluções de ano novo

Este ano decidi olhar para as resoluções de ano novo de outra prespectiva e sem dar por isso as coisas tomaram outro rumo. Decidi que em vez de resoluções básicas do tipo vou perder 5 kilos, passei a definir objectivos e resoluções pela positiva. No topo da minha lista está a saúde e como tal estabeleci um conjunto de objectivos que me permitam ver realizado esse sonho/resolução.

- vou passar a comer mais fruta
- vou passar a comer mais vegetais
- vou querer experimentar receitas novas
- vou fazer exercício regularmente
- vou beber mais água
- vou encher o frigorífico de vegetais e fruta, e depois não os posso deixar estragar

e sem dar por isso recomecei a cozinhar com gosto e dou por mim a comprar livros de cozinha e a inventar receitas regularmente. Eu que detestava perder tempo a cozinhar, agora faço das refeições um exercício à lá Master chef. Inspiro-me num ingrediente e depois tenho de fazer uma refeição com as coisas que tenho em casa. Tem sido muito divertido, saboroso e saudável. E por isso, vou começar a partilhar as minhas receitas por aqui. Sejam bem vindos... cobaias ;).


Aos 36 um diálogo doce com o meu sobrinho

Vamos comprar gomas para a festa.
- Yupiii, gomas para a festa, festa, festa, festa - grita o meu sobrinho.
Os pais queixam-se que o meu sobrinho só pode sair a mim nesta vontade sempre presente de querer festejar (e nos dedos compridos). Eu festejo tudo o que houver para festejar e ainda sou capaz de arranjar umas desculpas bem esfarrapadas (estou a pensar começar a festejar os meios anos também) para juntar os amigos em volta de uma mesa. Porque, na realidade, é disso que se trata. Desculpas para estar ao pé de quem amo. Mas no meio deste queixume eu digo para o meu sobrinho:
- A tia adora festejar, tudo e mais alguma coisa. A diferença é que a tia tem 36 anos e tu tens 6. Eu já devia ter idade para ter juízo.
e ele sai-se com esta, que para mim é a metáfora perfeita.
- Mas tia, tu também tens 6 anos!

[nunca deixar a nossa criança interior morrer ;)]

sábado, janeiro 25, 2014

o tempo é o que fazemos com ele



36
Um dia a mais que ontem
Um dia de chuva, mas muito quentinho
Um dia de surpresas e passeios
Um dia de docinhos e travesseiros
Um dia de muitos elogios, muitos sorrisos e beijos
Um dia cheio de família e amigos
Um dia de amor 
Um dia feliz

Um dia a mais que ontem, mais um dia feliz ;)

domingo, janeiro 19, 2014

cansada


estou há 2 dias a tentar elaborar sobre a coisa. mas é isso. resume-se a isso. estou cansada. ponto final.

segunda-feira, janeiro 13, 2014

movie # 8


They say they built the train tracks over the alps between Vienna and Venice before there was a train that could make the trip... they built it anyway. They know one day the train would come. Any arbitrary turn along the way, and I would be elsewhere. I would be different. What are four walls anyway? They are what they contain. The house protects the dreamer. Unthinkably good things can happen... even late in the game. It's such a surprise.

Under the Tuscan Sun (2003)

Há muito tempo que um filme não me sabia tão bem... talvez porque me tenha revisto em tanto dele ;)

quinta-feira, janeiro 09, 2014

10 anos de blog

Quando comecei a escrever este blog desejei que durasse muito tempo, mas achei que era coisa para terminar rápido. Que me ia cansar. Houve alturas que senti necessidade de parar, talvez proteger-me... mas nunca de deixar de escrever. E ainda bem. 10 anos depois, parabéns a nós ;)

terça-feira, janeiro 07, 2014

o tempo todo, para sempre

O g@to está doentito. Começou a coxear de um momento para o outro. Como era muito leve, começou por se diagnosticar como comportamental (devido à introdução de um novo gato em casa), Mas como se tornou bem visível pensou-se ser fractura. Após sedação e palpação (coitadito do meu bichano)... nada. Anti-inflamatórios e esperar que melhore. Provavelmente nas brincadeiras traquinas da minhôa deve-se ter magoado (face ás possibilidades, é bom que seja isso). Nos entretanto tenho um gato tristonho, que não vem para o meu colo, que não me faz ronrons... e o meu coração parte-se por dentro, sinto-o como se me estivesse a sair pela boca. Confesso que gosto tanto do meu gato, que dentro desse amor cabe sempre o desespero de saber que um dia o vou perder. sempre. Aposto que deve ser isto que se sente quando um filho está mal. E eu não sei como a gente consegue viver assim, em sobresalto com metade de nós, fora de nós, o tempo todo, para sempre.