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segunda-feira, novembro 13, 2017

alis volat propriis


É muito engraçado como a vida pode levar anos a dar-te sinais do tamanho do Everest e depois é uma lomba no caminho que te faz dar o click.

Na minha vida nada, ou quase nada, foi o que sonhei ou trabalhei para. Por muito que me tenha esforçado para tomar as decisões certas, por fazer os sacrifícios necessários e não escolher o caminho mais fácil para chegar a determinado sítio, a vida encarregou-se de fazer outros planos para mim. Sinto que andei demasiado tempo em luta contra a corrente, com a sensação de estar em permanente esforço... nunca era suficiente. Até que um dia, em estado permanente já não de esforço, mas de cansaço, deixo-me ir. Entrego o jogo e deixo que a vida me leve para onde quiser, já não quero saber se é o certo ou o errado. Agora tomo as decisões conforme a corrente e aceito que a vida deve saber mais do que eu. Não foi de um dia para o outro, é capaz de ter levado os dois anos que estive sem escrever aqui, e levado um pouco de mim também.

Mas esta não é uma história triste ou de desistência. É antes uma história de aceitação e de criar outros sonhos á medida do rio que me guia. É de saltos de fé e de acreditar que MEREÇO, sou SUFICIENTE e estou PRONTA.








sexta-feira, julho 03, 2009

Cenas de um casamento #4

"O amor, tão difícil de definir, já não é nem um sentimento, mas sim um conjunto de outras coisas, respeito, amizade (...) tudo o resto é Hollywood e chama-se Paixão!"

homilia do Padre Nuno
27/06/09

segunda-feira, dezembro 03, 2007

a fórmula do amor

Em tempos idos, quando ainda eram obrigatórias as aulas de Religião e Moral, a professora da qual não me recordo nome ou feições tão pouco, fez a pergunta - Como sabem que gostam de alguém? Já nessa altura eu tentava racionar ou quantificar o amor. Respondi-lhe com um gráfico de uma função, como se se trata-se de um problema matemático. - eu só posso namorar com alguém de quem goste mais do que gostei do namorado anterior! e prontifiquei-me a desenhar no quadro. Lembro-me do esforço dela para me explicar que o amor não era imediato, que crescia há medida da convivência. Mas esta teoria não me me servia, eu queria fórmulas mágicas.
Passsei por algumas mas acabei por aceitar a teoria. Não deixei no entanto de tentar racionalizar ou quantificar o amor, dar-lhe uma forma, uma função. É muito difícil porque tem muitas variáveis associadas e por isso torna-se dificil de visualizar, mas se tentarmos fixar todas as variáveis, menos uma (condição ceteris paribus) conseguimos perceber quais aquelas que mais influenciam a nossa fórmula. Essas não queremos nunca que toquem os eixos. Também queremos esta função delimitada ao I quadrante, sempre positiva. Não queremos nada muito linear porque se torna monótono, mas se não é linear é certo que terá derivadas positivas e também negativas. e claro é imperativo que tenda para o infinito! podemos dar-lhe forma, definir as variáveis que são importantes, mas não saberemos nunca o resultado da expressão, como também nunca o saberemos interpretar, à excepção de quando tudo se anula.

terça-feira, abril 17, 2007

parabéns, meu amor


Em quem pensar, agora, senão em ti? Tu, que me esvaziaste de coisas incertas, e trouxeste a manhã da minha noite. É verdade que te podia dizer: "Como é mais fácil deixar que as coisas não mudem, sermos o que sempre fomos, mudarmos apenas dentro de nós próprios? "Mas ensinaste-me a sermos dois; e a ser contigo aquilo que sou, até sermos um apenas no amor que nos une, contra a solidão que nos divide. Mas é isto o amor: ver-te mesmo quando te não vejo, ouvir a tua voz que abre as fontes de todos os rios, mesmo esse que mal corria quando por ele passámos, subindo a margem em que descobri o sentido de irmos contra o tempo, para ganhar o tempo que o tempo nos rouba. Como gosto, meu amor, de chegar antes de ti para te ver chegar: com a surpresa dos teus cabelos, e o teu rosto de água fresca que eu bebo, com esta sede que não passa. Tu: a primavera luminosa da minha expectativa, a mais certa certeza de que gosto de ti, como gostas de mim, até ao fundo do mundo que me deste.

Pedro, lembrando Inês
Nuno Júdice