quarta-feira, abril 22, 2009

estou em falta

Há coisas que não se podem deixar de escrever, ou melhor, há agradecimentos que não se podem deixar de fazer, há sentimentos que se têm de valorizar e há também fragilidades que se devem partilhar... porque nos tornam mais humanos e mais fortes. Quando a vida nos dá uma lição daquelas é bom ter amizades que nos entendam, que não nos recriminam, que acreditam em nós e que aceitam a nossa decisão. Eu talvez não tenha sido tão boa a fazer este papel, quando um dia estive do outro lado. Sem dúvida aprendi uma lição. A minha vida pode já não ser tão perfeita, mas é sem dúvida muito mais rica. Obrigada. Vocês sabem.

sexta-feira, abril 17, 2009

obrigada a todos

pelas mensagens, pelos mails, pelos comentários e pelo carinho.
são todos uns kridos!!
obrigada.

e quem está a curtir estas férias forçadas?

Eu não sou, porque já só lá vou com drogas. Dizem os médicos que é tomar só em caso de sos, mas depois esquecem-se de dizer que esse é o nosso estado normal nos primeiros dias (espero).
Não, quem está a curtir estas férias forçadas é o senhor gato que, debaixo do edredon só se percebe a ponta do focinho e um ressonar regalado.

quarta-feira, abril 15, 2009

Feito!!!

De volta ao quarto, correu tudo bem, ainda estou meio grogue e logo à noite há visionamento do Porto-Manchester no "Hotel".

Um verdadeiro post à twiter

Directamente da enfermaria... perdão do hotel! Tenho a barriga às voltas, tensão normal, temperatura normal, umas meias muito sexys para vestir, TV, rádio e internet... e ainda não estou dopada!

terça-feira, abril 14, 2009

Os meus ovários são uns merdas*

*Seguindo a linha de pensamento de António Feio.


É isto que me apetece dizer porque, pela segunda vez, os meus ovários me deixam ficar mal. Pela segunda vez, não foram fortes (os sacanas) e deixaram crescer quistos à volta.
Há 6 anos passei por este medo... de perder os ovários, de não poder ter filhos, da anestesia, de acordar e não saber o que se tinha passado... esse era um dos grandes medos. Felizmente correu tudo bem, mantive os ovários (os sacaninhas), nunca tive de adormecer porque o anestesista se enganou e deu-me epidural em vez de anestesia geral, assisti à minha própria operação que eu recordo como um momento muito, muito divertido (ok, eu estava bastante dopada e passei por tudo numa de "paz, amor, e tudo nú", mas não deixou de ser divertido) e fiquei com uma cicatriz a que eu chamo um smile... porque era suposto ter sido um happy ending.

E é já amanhã que ganho outro smile. Agora os medos voltaram todos outra vez, perder os ovários, não poder ter filhos, qualidade de vida, anestesia, acordar e não saber o que se passou, e mais... será que vou ter de passar por isto outra vez? As pessoas à minha volta, por ser a segunda vez, devem achar que passou a ser normal e que eu devo estar mais calma... não é normal nem eu estou mais calma Até porque ainda não estou dopada.

E porque a vida também é isto, decidi partilhar. Agora torçam os dedinhos and wish me luck.
até já

segunda-feira, abril 13, 2009

uma certezinha*

Com a sorte que eu ando esta semana é melhor jogar no euromilhões.

*com os devidos créditos à elite.

segunda-feira, abril 06, 2009

Numa de Tim Gunn

Arrebanhei a roupa toda do armário e fiz uma criteriosa selecção à lá Tim Gunn. Assim, tudo o que não gosto de ver, que não fica bem, com cores erradas, com borbotos ou cor desmaiada está agora empacotado no escritório à espera de melhor destino. Há a dizer que por lá se encontram peças a estrear, algumas ainda com etiqueta, pelo que estou seriamente a pensar em fazer uma venda de garagem, ou então ir para a feira da ladra ou ainda fazer um programa de trocas. Alguém interessado?

ps- estou a pensar aplicar o mesmo às coisas de casa.

quinta-feira, abril 02, 2009

O dia até estava a correr tão bem...


Até queríamos ficar mais um bocadinho em Houmet souk, depois de percebermos o que tinhamos perdido e que o centro da ilha até era bem giro, e beber um sumo de laranja até porque ainda faltava 2 horas para o voo para Tunes. Mas os meus botões lá me diziam que era melhor ir andando.
Quando chegamos ao chek in o nosso voo não existia, tinha sido cancelado. O único voo partia dentro de 45m e estava cheio. Que porra, mas isto é assim? Depois de explicar ao manager do aeroporto que tinhamos mesmo de ir naquele voo porque no dia seguinte partíamos para Portugal... os 3 lugares apareceram, não faço ideia como (3 pessoas ficaram sem voo), mas a verdade é que seguímos viagem.
O voo foi rápido, sem escalas e com pouca turbulência. Começamos a fazer a abordagem à pista e o avião começa a ser sacudido de um lado para o outro e a descer que nem uma montanha russa. Não sei quanto tempo estivemos nisto, perdi a noção, vi a minha vida a começar a andar para trás e o meu pensamento foi "bolas, eu não quero morrer... ainda tenho muita coisa para fazer", foi isto "ainda tenho muita coisa para fazer", agarrada ao assento de olhos fechados a respirar que nem uma grávida em trabalho de parto. Os meus amigos pensaram "eu quero criar a minha filha". Não sei como, nem quanto tempo depois o avião estabilizou e passamos por cima do aeroporto... sem sabermos onde ia aterrar. subimos novamente, o avião vai dar a volta e tentar aterrar novamente. Pensamento "Meu deus, seja qual for o teu nome, Deus, Alá (juro que pensei isto!) por favor eu não quero morrer..." , enquanto o avião dava a volta e apitava um sinal de alarme, como aqueles que se vêem nos filmes. pronto é desta, não há hipótese, o avião tem uma avaria! querem cá ver que eu consegui tirar 3 infelizes do avião para ele agora se escaqueirar lá em baixo, é o fim... as minhas pernas saltavam sozinhas com os nervos, o alarme parou, o avião estabilizou, as rodas tocaram o chão e todos batemos palmas. Agora já não acho piroso bater palmas. E já não acho assim tanta piada a voar.