terça-feira, abril 14, 2009

Os meus ovários são uns merdas*

*Seguindo a linha de pensamento de António Feio.


É isto que me apetece dizer porque, pela segunda vez, os meus ovários me deixam ficar mal. Pela segunda vez, não foram fortes (os sacanas) e deixaram crescer quistos à volta.
Há 6 anos passei por este medo... de perder os ovários, de não poder ter filhos, da anestesia, de acordar e não saber o que se tinha passado... esse era um dos grandes medos. Felizmente correu tudo bem, mantive os ovários (os sacaninhas), nunca tive de adormecer porque o anestesista se enganou e deu-me epidural em vez de anestesia geral, assisti à minha própria operação que eu recordo como um momento muito, muito divertido (ok, eu estava bastante dopada e passei por tudo numa de "paz, amor, e tudo nú", mas não deixou de ser divertido) e fiquei com uma cicatriz a que eu chamo um smile... porque era suposto ter sido um happy ending.

E é já amanhã que ganho outro smile. Agora os medos voltaram todos outra vez, perder os ovários, não poder ter filhos, qualidade de vida, anestesia, acordar e não saber o que se passou, e mais... será que vou ter de passar por isto outra vez? As pessoas à minha volta, por ser a segunda vez, devem achar que passou a ser normal e que eu devo estar mais calma... não é normal nem eu estou mais calma Até porque ainda não estou dopada.

E porque a vida também é isto, decidi partilhar. Agora torçam os dedinhos and wish me luck.
até já

2 comentários:

Q disse...

Vai correr tudo bem. :)

Boa sorte! (e mantém o espírito "paz, amor e tudo nu..." ;))

CRS disse...

Olá Lia,

Desejo que corra tudo muito bem.
Descobri o teu blog através do "Lembra-me", donde fui parar ao "Dias assim" e vi lá uma foto tua. Reconheci-te da FCUL, onde nos conhecemos (através da Sofia e da Marta) no Verão passado (O Mundo é mesmo muito pequenino!).

Beijinhos,
Cláudia

PS: Eu também estou farta de médicos e de intervenções cirúrgicas. Sei bem que não fica mais fácil só porque não é a primeira vez, aliás, isso é que torna tudo muito pior.