Em tempos idos, quando ainda eram obrigatórias as aulas de Religião e Moral, a professora da qual não me recordo nome ou feições tão pouco, fez a pergunta - Como sabem que gostam de alguém? Já nessa altura eu tentava racionar ou quantificar o amor. Respondi-lhe com um gráfico de uma função, como se se trata-se de um problema matemático. - eu só posso namorar com alguém de quem goste mais do que gostei do namorado anterior! e prontifiquei-me a desenhar no quadro. Lembro-me do esforço dela para me explicar que o amor não era imediato, que crescia há medida da convivência. Mas esta teoria não me me servia, eu queria fórmulas mágicas.
Passsei por algumas mas acabei por aceitar a teoria. Não deixei no entanto de tentar racionalizar ou quantificar o amor, dar-lhe uma forma, uma função. É muito difícil porque tem muitas variáveis associadas e por isso torna-se dificil de visualizar, mas se tentarmos fixar todas as variáveis, menos uma (condição ceteris paribus) conseguimos perceber quais aquelas que mais influenciam a nossa fórmula. Essas não queremos nunca que toquem os eixos. Também queremos esta função delimitada ao I quadrante, sempre positiva. Não queremos nada muito linear porque se torna monótono, mas se não é linear é certo que terá derivadas positivas e também negativas. e claro é imperativo que tenda para o infinito! podemos dar-lhe forma, definir as variáveis que são importantes, mas não saberemos nunca o resultado da expressão, como também nunca o saberemos interpretar, à excepção de quando tudo se anula.
serviço publico (em agosto)
Há 5 anos
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