Mesmo à porta de casa, um preto (desculpem lá, mas é mesmo assim) pergunta-me as horas. no mesmo momento eu penso "já fostes!". Não tenho horas, nem relógio (sorte). o gajo cerca-me e com a ajuda de uma faca pede-me (sic) o dinheiro. Também não tenho dinheiro (sorte), mas ele insiste... por isso mostro-lhe a carteira vazia. Como não tinha mais nada pede o telemóvel, eu engonho e faço tempo e ainda lhe respondo "dou-to, mas tu deixas-me o cartão". Como não aparece ninguém, tive mesmo que lhe dar o telémóvel... ele pega nele e começa a ir-se embora. Eu chamo-o "então e o cartão?", ele volta para trás e devolve-me o cartão. Um ladrão simpático... e um bocado burro já que o telemóvel não valia nada, comparado com os óculos escuros que trazia ao peito, a máquina fotográfica na mala e a própria mala.
Não fiquei assustada, fiquei até demasiado calma, até eu me surpreendo comigo própria. Fico sim assustada, a pensar em todas as vezes que cheguei bem mais tarde, sozinha carregada e com o computador e claro nas vezes que ainda hão-de vir.
serviço publico (em agosto)
Há 5 anos
1 comentário:
Olha, não podes sofrer por antecipação... no meio da situação chata e possivelmente perigosa, efectivamente tiveste muita sorte... Força miga ;)
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