segunda-feira, julho 29, 2013

Ser solteira e ir a casamentos... "breves" considerações


Este fim de semana fui, pela primeira vez, solteira e sozinha a um casamento de 300 pessoas, das quais conhecia apenas duas, e mal. Não fosse eu gostar tanto da noiva e provavelmente não me metia numa destas. Mas decidi que, estar sozinha não é o fim do mundo, e eu não vou deixar de fazer coisas só porque estou sozinha. Não é o fim do mundo... mas posso deixar algumas considerações.

Primeira e principal, não podemos beber álcool (em excesso, e muito menos ao fim da noite). O que quer dizer que temos de passar por tudo... conscientes.
Não temos ninguém para nos segurar, se por acaso ficarmos tontas, ou mesmo sem ser tontas... só para nos segurar de cima dos nossos sapatos de saltos vertiginosos. Não vamos contar com ninguém nesse departamento... por isso é andar firme e segura pela calçada do chiado com uns sapatos de 15 cm de altura, a achar que me vou esbardalhar a qualquer momento dali a abaixo, e não chora.
Não há ninguém para nos ajudar a levar a máquina fotográfica, a pochete, o copo de vinho e os acepipes (wait, só tenho duas mãos), aguenta de pé em andas, mala no chão, pochete algures, moscatel na mão que ainda é cedo e posso beber.
Também não há ninguém para ir buscar o casaco e as sandálias ao carro a meio da noite, quando já se está levemente enregelada e com um andar esquisito. Sai sorrateira e faz uma última penitência até ao parque de estacionamento buscar os pertences, e não chora.
Também não há ninguém para ir buscar bebidas (sumos, porque já se faz tarde e não posso beber álcool), vai e enfrenta o barman que nos manda para a mesa dos sumos e água refundida num canto da sala... porque ali é só bebidas com álcool. Não chora.
A parte do lançamento do bouquet é um clássico e comum a todos os casamentos, por isso não conta para este, mas ainda assim fica o aviso. Noivas, não deixem menores de 18 a "competir"... todos nós sabemos que elas são mais agéis, além disso não competem em pé de igualdade (metam-lhes uns stilleto de 15 cm, para ver se elas conseguem) e todos sabemos que as crianças apanham tudo do chão. Not funny.
A abertura do baile é outra parte chata, porque somos presas por ter cão e por não ter. Não temos par para a pista de dança, mas ficar na mesa é igualmente mau. Vai para a pista, completamente sóbria (porque já são 2 da manhã e não posso beber) e dança como se não estivesse, e não chora. Sai da pista às 4h porque acha que já chega de dançar para todos e para ninguém e faz-se à estrada... literalmente ao volante do seu carro, com a visão bem focada e com um sorriso nos lábios. Sobrevivi.


PS- Foi um casamento fantástico, lindo, saboroso, divertido... e eu só me iria arrepender se não tivesse ido. Adoro-te miúda, que sejam muito felizes!!!
 ;)

3 comentários:

Geri disse...

A primeira vez que fui nessa condição a um casamento foi terrível, a meio da tarde foi inevitável não chorar mas consegui que ninguém se apercebesse. E também não conhecia ninguém mas também sobrevivi! :)
Coincidência este fim de semana também fui a um casamento mas ao menos desta vez fui acompanhada por uma amiga.

li@ disse...

Não chora ;)... it´s just a weeding... e mais gente para conhecer! ;)

Adelaide Bernardo disse...

Bem já todos, ou todas, passámos por isso. Não é fim do mundo para ninguém, o que importa é não deixarmos de ir por eventual fata de companhia.
Jitos