Depois de muitas horas de viagem aterramos em BKK ao pôr do sol. Ainda deu para vislumbrar a longa planície verde, recortada em rectângulos de diferentes culturas e lagos. O calor começa a sentir-se e depois a humidade, não tanta como para a qual me tinham preparado e nem o cheiro se fez sentir pestilento como me tinham avisado. Deixámo-nos enganar pela empresa de táxis e pagámos o dobro do que viríamos a pagar à volta. O nosso pequenino hotel, super giro, económico e bem localizado perto do metro e sky train compensou-nos ao fazer um upgrade no quarto. Em cima da hora do jantar aproveitámos para entrar logo no espírito tailandês. Eu pedi um caril verde que, e nem por acaso, passou a ser a minha receita tailandesa preferida, a par do sticky rice com manga, que mais à frente na viagem aprendemos a fazer. O jet leg a bombar, caminha que se faz tarde.
Enquanto do outro lado do mundo (no nosso lado do mundo) se preparam para dormir, um novo dia ensolarado, com 34ºC, desperta. Rumamos à zona ribeirinha da cidade para visitar o Grand palace e templo wat phra kaew (templo do Buda esmeralda), depois o wat po (templo do Buda reclinado) e o wat arun (templo do amanhecer), que dizem ter influência portuguesa. Evitamos o tuk tuk que claramente nos quis enganar de 3 maneiras diferentes. primeiro dizia que a zona dos palácios estava fechada nesse dia de manhã por causa de uma cerimónia qualquer, felizmente já tinha sido avisada para estes estratagemas, segundo queria-nos levar a uma loja de um amigo e depois nos levava aos palácios, outro estratagema que usam para nos levar a 5 lojas de amigos que lhes pagam o combustível. terceiro, vendo que não nos vendia a volta, queria nos cobrar o triplo de um taxi. O meu conselho, usem taxi de dia e tuk-tuk de noite.
Os templos, os palácios e os jardins são de um esmero impressionante e verdadeiros locais de romaria. 90% da população é budista e devota, por isso, por todos os templos se viam tailandeses a entregar flores, a arder incenso e a colocar folhas de ouro na imagem do Buda.
Passou mais de meio dia e já estamos cansados, BKK é desgastante, muita gente, muito calor, muito trânsito, algo suja e à excepção dos centros comerciais, não me pareceu uma cidade muito moderna. Não percebi a loucura com as compras em BKK, tudo me pareceu mais caro do que cá, talvez no MBK, o mais conhecido, fosse mais barato mas como não andava à procura de nada, nada encontrei. Devia ter tido mais paciência porque até preciso de um telemóvel novo e a minha máquina fotográfica vermelha deu o berro mesmo antes de voltar.
As pessoas são o melhor da cidade, aliás do país, têm sempre um sorriso para nos encarar e um sawadee para nos saudar. São verdadeiramente calorosos e sinceros. Senti-me sempre segura e bem vinda.
Para a noite decidimos ir ao must do momento- sirocco- um bar no rooftop do segundo maior edifício de BKK onde a vista sobre a cidade é fenomenal. BKK é enorme!!