O sono começa a atraiçoar-me. Por mais tarde que me deite, de manhã acordo cedissímo, muito antes das minhas requisitadas 7 horas de sono, e fico ali a olhar para o tecto. O gato aperecebe-se disto e pede festas, e ali ficamos à meias horas, o sono a pedir descanso e o inconsciente a manter os olhos abertos. Parece que é o aproximar da viagem, embora eu não o sinta. Estou muito bem, muito feliz por partir... acho que esta viagem não podia vir em melhor altura (ainda para mais lá é verão). Não estou muito preocupada com o que me espera. Ainda não sei muito bem onde vou ficar... pensionato chama-lhe o meu orientador. Quarto partilhado e refeições, a saber pequeno almoço, almoço e janta (que é assim que eles dizem) durante a semana por uma bacatela. A roupa terá de ir para a lavandaria. Fins de semana estou por minha conta... semana no pensionato (que deve ser do mais barato que há) e fins de semana no resort, não me canso de dizer.
O trabalho no lab não vai ser muito diferente do que aqui faço, a diferença é que vou sedenta de aprender mais coisas, principalmente na análise e nas novas técnicas e vou querer fazer contactos. E vou querer viajar muito, rio de Janeiro, morro de são paulo, Salvador, arraial da Ajuda.... quanto mais melhor. Acho que tudo isto não me cabe numa noite de son(h)o e por isso o sono me atraiçoa.
Daqui por uma semana, por esta hora, e se o sono não me atraiçoar, devo estar a fazer o meu primeiro acordar no Brasil.