Já procurei por todo o lado...acho que perdi o meu anel...e eu sem o meu anel sinto-me nua! Apesar de ter sido eu a oferecê-lo a mim própria e não ter nenhum significado especial...é o meu anel. Tenho muitos de pechebeque que vou usando de quando em vez, mas este é de prata e é o que uso quase sempre e que quando me esqueço passo o dia à procura dele nos dedos. É o meu anel!
ora se eu fosse um anel onde é que me esconderia??
...e quando ainda pensas poder voltar atrás, também sabes que não é possível porque tu estás num mundo e ela noutro, os dois tão depressa se afastam, encerrados em planas fotografias em que estão abraçados e nus e já não somos nós.
Eu sou aquela que passou na vida
sem achar nunca o porto que buscava.
Eu sou aquela que andou dia a dia
numa constante, fatigante lida
presa nas malhas da melancolia,
querendo só o que não alcançava.
Eu sou aquela que buscando a glória,
entrou na luta sem saber lutar.
Rudes batalhas, lutas sem vitória, contra outros e mesmo contra mim,
foram as que eu, arfante e a meu pesar,
travei com sombras sem razão nem fim.
Eu sou aquela que bateu às portas
de quantas ilusões a vida encerra,
nela buscando, a sós, de terra em terra,
novas raízes de fecundas vidas,
sempre as achando apenas convertidas
em mudas sombras de cidades mortas.
Nada encontrei do que alcançar quisera:
sumiu-se a luz de cada primavera
neste vazio de ambição faminta;
e, se o gosto provei da saciedade,
frustrada foi a minha ansiosa espera,
pois mais não tive, ao fim da tempestade,
que a inútil paz da minha lareira extinta.
Donde vem e onde vai este caminho
que me leva em tão estranha direcção?
a mão de Deus guiando-me adivinho
por entre o frio hostil da cerração.
Quando, na sina de ansiedade errante
que orienta a minha incerta caminhada,
sinto o cansaço do correr da vida,
volto-me a olhar a estrada percorrida...
e, silenciosa, vou seguindo avante.
falta a palavra escrita,
faltam as conversas sinceras,
falta o nascer do sol,
faltam os teus dedos no meu cabelo,
falta o sol que me queima e aquece,
faltam as borboletas no estômago,
falta o meu rosto entre as tuas mãos,
faltam os silêncios que são tudo menos vácuo,
falta o ser um livro aberto para ti,
falta o abraço forte contra o meu peito,
falta o começar tudo de novo,
falta a tua respiração na minha cara,
faltam os teus lábios em sorriso e falta o beijo que não demos!
que me vou estrear nas artes da docência! Só espero estar à altura e de alguma forma contribuir com a minha juventude (porque de experiência tenho pouca)para que a matéria lhes entre pelas cabecinhas mais facilmente(se fosse por osmose era mais fácil!).
A esta altura já estava á espera de estar em completo stress...mas na realidade só estou com um nervosinho miudinho engraçado, esperemos que seja bom sinal e que amanhã a voz não me trema.
quando olhamos um lago calmo e sereno, podemos ver que a sua superfície se encontra lisa. Se atirármos uma pedra, ela faz uma série de ondas concentricas que se vão afastando até ficar a superfície, novamente, lisa. igual? Não...a pedra já lá está! e nada voltará a ser o mesmo...apesar de aparentemente parecer que sim.
um gato que se espraia lá fora, por baixo da nossa janela...aquele que tu gostas muito, que têm muitas cores todas entrelaçadas e que de cada vez que saímos a porta se coloca muito direitinho na sua pose, como se fosse um criado a despedir-se do seu amo...de ti.
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o teu neto, o mais velho...tem agora 27 anos. O cabelo cada vez mais claro e, apesar de dizeres o contrário, está cada vez mais magro. Está-se a rir porque desconhecia que eu sabia tirar fotografias. Tem muitas saudades tuas. Não sei se terá tantas como eu, mas é teu neto e precisa de ti...como eu preciso.
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a Arlinda, traz o saco das compras mais cheio que o costume...o marido anda adoentado e ela tem que fazer as compras todas de uma vez para não o deixar tanto tempo sozinho. Manda-te as melhoras e diz que sabe bem o que isso é, que ela também já passou por isso, que ...já nem a ouço, prefiro não saber. acredito no que vejo e o que eu vejo és tu.
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o carvalho, aquele que fica do lado direito da nossa casa...como vês as suas folhas estão a ficar desbotadas e mais uns dias e começam a cair anunciando finalmente o Outono. Sei que gostas muito de todos os anos guardar uma folha seca, desbotada e perfeita, a lembrar todos os teus Outonos. Por isso trouxe-te uma meu amor.
Não sabia tirar fotografias...mas o nosso neto mais novo ensinou-me. Algumas ainda ficam tremidas, mas isso a tua vista nem vai notar...por isso não faz mal. A tua neta colou-as num álbum muito bonito e escreveu na capa, mesmo ao lado da rosa que fez questão de secar e depois colar, "temos muitas saudades tuas...". Tens de acordar meu amor...EU tenho muitas saudades tuas.
"escrever pode ser uma óptima desculpa para quem na vida não tem qualquer esperança. É uma maneira de preencher uma sombra e há momentos em que um beijo escrito vale por muitos. É sempre a vida, é claro, mas com a distância limpíssima das palavras. E tudo sofre de uma insuficiência que a arte tenta reparar, e falha. Eu espero que a esperança um dia venha e tudo isto não seja mais do que um exercício de gramática."
de vez enquando, só muito de vez enquando, uma pessoa perde o pé...e "o riso começa a ser o de uma pessoa que sente que é o riso de alguém que se ri" que não ela. perde-se de si própria. São precisas raízes que nos prendam a esta vida que levamos, que nos mantenham deste lado, o socialmente aceitável...àquele que chamamos normal (com o se esse conceito existisse). amigos que nos lembrem quem fomos, quem somos e que acima de tudo e apesar de tudo acreditem em nós, mesmo quando nós não o fazemos!
Quando não somos honestos e sinceros comnosco...também não o somos com os outros, e normalmente essa factura sai demasiado cara. Já paguei uma vez, não queria ter que pagar outra...mas, por qualquer razão, sinto que não fui eu que escolhi este caminho...é mais forte que eu.
preciso de uns dias para colocar as ideias em ordem...
e porque não sei dizer adeus...fico-me com um até já!
Quando se ama, um desejo nos invadede encontrar a expressão, o verbo, o grito Com que tudo o que há na alma seja dito num clamor que transponha a imensidade. O coração, num vôo de ansiedade, para exprimir o que tem dentro escrito, busca o sentido exacto do infinito e moldes em que atinja a eternidade. Porém, a voz, exangue e amortecida, em silencios que vão além da vida, queda-se, inerte no seu próprio ser. E, mermurando apenas sons banais, nós sentimos que é sempre muito mais aquilo que nos fica por dizer.
Oliva Guerra in Encantamento (1926)
é assim, que da minha boca sai a palvra Amo-te! Foi assim da primeira vez, e será sempre...
está-me a custar um bocadinho ler este livro, não pela história mas pela escrita deste senhor que é demasiado presa e seca para escrever uma história tão...familiarmente bonita, não fosse eu uma romântica...incurável e já tinha desistido!
Desde que o meu gaijo começou a fazer o mestrado que me deu uma vontade louca de voltar a estudar! Agora não só vou voltar a estudar como também vou dar um arzinho da minha graça a...dar aulas. óh pra mim... sou sô Professora!
nem imaginam o friozinho na barriga...preciso de dicas, rápido que aulas começam já para a semana!
segunda-feira, setembro 13, 2004
"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."
Não tinha intenção de conhecer pessoalmente os donos dos blogs, mas um dia tinha que acontecer...e ainda bem! Esta miúda é um espectáculo! Sem papas na língua, consegue mais do que falar, transmitir, toda a sua energia.
Gostei muito do cafezinho...espero que seja para repetir!
Não! nem tudo o o que escrevo é o meu reflexo, ou pelo menos, o meu reflexo presente. As coisas que escrevo são estados de espírito momentâneos, coisas que fazem sentido naquele momento...por uma razão, ás vezes tão obscura que até eu me perco à procura da luz. Muitas vezes descontextualizadas, encriptadas e a maioria das vezes fora de prazo...mas minhas, na sua solidão!
Ontem, pela primeira vez, fui fazer body balance. Eu já sbia que aquilo era uma mistura de yoga...com mais qualquer coisa, que não sei bem o quê, ao som da música. O que eu não sabia é que me tinha que esticar tanto, andar desclça e às escuras. Ora, quando nos pediram, em voz melosa, para nos deitarmos o mais confortável possível, como quando vamos dormir (não sei se estão a ver?) o que é que eles estavam à espera. Depois de estar uns minutinhos assim, começam a pedir para nos virarmos de barriga para cima...é pá, assim não dá, ao menos deixem o pessoal dormir um bocadinho, né?
Chega de portas mal fechadas, com frinchas a deixar entrar a luz e o calor desses dias. Chega de palavras pequenas e soltas, de compassos de espera e de silêncios cúmplices. No último instante em que deixei que o teu olhar me roubasse os pensamentos, o teu sorriso ficou preso na minha memória, como uma fotografia amarelecida a recordar os bons velhos tempos. E isso terá que me bastar.
Um dia saírei daqui, deste rabuscado e embrulhado sonho em que me passeio, dia a dia, como se o tempo tivesse deixado de existir. Um dia, em que finalmente tenha coragem para acordar e olhar para mim, de fora para dentro, depois de tantos anos.
"... E de novo acredito que nada do que é importante se perde
verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos
instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os
amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada,
apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."
Miguel Sousa Tavares... (Escritor português, a propósito da perda de sua Mãe, a escritora e poetisa Sophia de Mello-Breyner)
...pelas 22h, vou estar munto sogadita, em frente ao televisor a devorar pela 4ª ou 5ª vez (já não sei muito bem!) um dos melhores filmes de sempre - Moulin Rouge!
Ouvi o Sr. 1º ministro dizer que, por respeito à coligação com o CDS/PP não iria rever a Lei do Aborto. Pergunto-me afinal quem o elegeu e a quem deve ele respeito?
as fotos de itália chegaram à minhas mãos....estão LINDAS!
derrepente deu-me uma vontade de voltar, parece que estou a reviver tudo de novo...ainda com mais intensidade! Peço desculpa pelo número de fotografias, mas estou tão contentI...que tinha que partilhar!
PS. as fotos seguem já de seguida!
PSI. Ainda ficam a faltar mais algumas...
se ter uma pedra no sapato é chato...imaginem a sensação de uma pedra no olho! Lá vou eu ter de gastar mais umas massas no oftalmologista. Qualquer dia acha que gosto dele...de tantas vezes que lá vou ...e ainda lhe pago!!!
P.S.- Eu amo-teé um dos livros mais comoventes que já li! Com ele dei por mim a rir e também a chorar, aprendi algumas lições de vida, ajudou a compreender algumas outras...e, mais que tudo, mostrou-me que não é difícil tornar a nossa vida um pouco mais fácil...apenas com pequenos e simples gestos.
...como eu costumo dizer a felicidade está nas pequenas coisas, nos detalhes! pena que nos esqueçamos disso... tantas e tantas vezes!!!
My e-motions O que as move, o que as provoca. A minha tradução do mundo através dos sentidos.
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